terça-feira, 31 de janeiro de 2012

MINISTRAÇÃO EM RIO ANTONIO


Dia 26 de novembro de 2011 estive em uma cidade chamada Rio do Antonio. Gosto muito de pesquisar sobre a origem de cada lugar que visito, e descobri que no século XIX havia um certo Antônio fazendeiro em cuja fazenda passava um rio, daí o nome Rio do Antônio. Ele foi lutar em uma guerra e nunca mais voltou, mas o nome vingou. Eu estava à caminho da cidade quando de repente o asfalto acabou e começamos a percorrer uma estrada de chão que se estenderia por trinta quilômetros. Olhei para todos os lados e só havia escuridão. Pensei: Senhor, como será que as pessoas chegarão a esse lugar? O motorista que nos conduzia chegou a me perguntar: Agora que a senhora sabe como é longe, será que tem coragem de voltar? Eu respondi: Querido, esse é o meu chamado. No dia em que entreguei minha vida a Cristo e disse que Ele poderia me levar ora onde quisesse, cada canto desse Brasil estava incluído.
Confesso que o meu coração estava apertado, e eu senti muito medo quando ele me disse que aquela estrada era muito atacada por salteadores. Senti medo sim, não sou imune ao medo. Mas não me deixei vencer por ele; fui até o fim, orando, clamando e confiando em Deus. Lembro- me de uma oração que fiz no caminho:

Senhor, eu estou tão cansada hoje. Nem sei ainda o que vou dizer ao teu povo. Ajuda-me, Senhor! Dá- me um sinal de que estou no caminho certo, de que tu me trouxeste aqui de fato. Use alguém, fale comigo, preciso de uma nova promessa!

Quando cheguei fui muito bem recebida pela comissão de organização do evento. Um dos pastores foi até o local onde eu estava com a banda e pedi que ele orasse por nós. Tenho muito respeito pelas autoridades locais que Deus tem colocado em cada região. Sei que o inferno respeita esse povo.
Depois da oração fiquei sabendo do alto índice de suicídio entre jovens naquele lugar. Que triste! Ali o Espirito Santo já começou a me mostrar que direção eu precisaria tomar na ministração.
De repente fui chamada por uma mulher que eu nunca havia visto e ela me entregou uma profecia, uma visão que ela havia tido comigo. Sou pentecostal e creio no dom de revelação. O que ela me disse testificou em meu coração, e senti minhas forças renovadas outra vez. Deus havia acabado de responder aquela oração que eu havia feito dentro do carro, naquela estrada escura, com o coração cheio de temor e saudade de casa.
Deus é fiel!


Fui para o palco, a praça estava lotada. Não sei como surgiu tanta gente. Um povo alegre, animado e ao mesmo tempo espiritual, cheio de sede de Deus. O povo nordestino é apaixonante! Quando estava quase no fim de minha participação Deus me fez perceber algo muito especial: havia um pastor da cidade posicionado em cada lado do palco, um ao meu lado direito e outro ao meu lado esquerdo. Lembrei-me de Arão e Ur em Êxodo 17, na guerra contra os amalequitas. Ali eu entendi porque eu cantei, pulei e ministrei a Palavra com tanto vigor durante uma hora e meia, sem sinal algum de cansaço. Havia anjos segurando as minhas mãos! Obrigada, Senhor!


No final os organizadores fizeram uma surpresa linda para mim, algo inesperado e inédito em minha história: entregaram- me um livro de memórias com toda a história que eles viveram desde que decidiram fazer aquele evento, e o que cada canção minha havia ministrado aos seus corações naqueles dias de dor. Uma relíquia que vou guardar com todo carinho e para sempre.


Obrigada, Senhor, porque tu tens me levado a lugares que jamais imaginei.
Obrigada intercessores de plantão. Vocês têm sido o meu arrimo na hora do desafio.
Obrigada Rio do Antônio e todas as igrejas representadas ali naquela região. Vocês são missionários muito importantes para o Reino de Deus, e como nordestina, agradeço pelo lindo trabalho que vocês têm realizado. Sinto orgulho de vocês! Obrigada pelo presente, o livro de memórias. Jamais esquecerei!

Romanos 8:36 – Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”.
Romanos 8:37 – Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

Amei cada momento, e tive minhas forcas renovadas nesse lugar tão distante aos olhos humanos, mas tão próximo aos olhos de um Deus onipresente, um Deus que não é brasileiro, mas é Deus de todas as nações!
De cada parte da minha nação!!!!
Com amor …
Eyshila

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